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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ilusão



Nessa visibilidade mundana
sou quase invisível,
um pouco de dor e sem grana
lutando por coisas impossíveis.

Morreu meu sorriso bacana
perdi os desejos incríveis,
a alma que ainda se engana
quer que eu seja gente de nível.

A lagrima dos olhos emana
o fel na boca é horrível,
a paz distante é coisa insana
meu mundo é coisa perdível.

A dor no peito como campana
cada dia mais incompreensível,
uma noite o sonho engana
na manhã a ilusão me é terrível.

PEDRO ARUVAI 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O sorriso que dei a rosa




Achei que a rosa do canteiro
meio que triste pareceu
porque o velho jardineiro
nessa manhã não apareceu.

Vento soprou balanceiro
e o sol também apareceu
caiu o orvalho e o erreiro
inseto não se apercebeu.

Sentou na rosa e desordeiro
beijou-a toda e escafedeu
foi se sentar noutro canteiro
inseto tolo da cor do breu.

Sabe que a rosa permaneceu
saudade de seu companheiro
soltou as pétalas que prendeu
quando apareceu o jardineiro.

Pena que a rosa não entendeu
o meu sorriso tão companheiro
queria o sorriso do jardineiro
não queria o sorriso meu.

PEDRO ARUVAI

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Males do mundo



A folha de zinco não é verde.
A flor da idade murcha cedo.
A beleza da vida desencanta.
Nesse mundo de infelicidade.

Rostos que poderiam ser meu.
Olhos que poderiam me olhar.
Boca que poderiam me beijar.
Todas distantes de mim.

Fruto que pouco comi.
Doce que gosto não sei.
Licor que nunca bebi.
Embriaga-me o que nunca provei.

Todas as cordas enforcam o pescoço.
Males do mundo me desenganou.
Desde ontem quando fui moço.
Negando-me à vida o doce do amor.

PADRO ARUVAI

sábado, 30 de abril de 2011

APERTO DE AMOR E PAIXÃO.



A vida fora dos eixos.

O queixo qualquer expressão.

A mão sem ter desleixo.

Buscando a diversão.


Seu corpo quebro e remexo.

No fecho da emoção.

Mordida afiada no queixo.

Feita com perversão.


Deitado o corpo me deixo.

Despido às suas mãos.

E nos meus braços te fecho.

Aperto de amor e paixão.


PEDRO ARUVAI

sábado, 16 de abril de 2011

O difícil convívio na cidade


A rua entupida de carros.

Calçada para pedestre passar.

Entupida de coisas do comercio.

Cadeiras e mesas de bares.

Mecânico lixando carros.

Outros soldando lataria.

Pintam e consertam motores.

Oficinas se faz nas calçadas.

Escola de samba ensaia.

No meio da rua a tarde.

Quase todos os dias.

A batucada vai até altas horas!

Pedreiros fazem reformas.

Entulho se joga na calçada.

Lixo aos pés dos postes.

De famílias ricas de bairros nobres.

Calçadas mal conservadas.

Buracos e esgotos escorrendo.

Cachorros perigosos andam soltos.

De dentes afiados e perigosos.

Ligações clandestinas nos postes.

De eletricidade e TV a cabo.

Mendigos dormem sossegados.

Debaixo de marquises velhas.


Anda-se com medo de tudo.

Nas ruas dessas cidades.

De quem nos olha de longe.

De quem nos olha de perto.

Assalto é muito comum.

É prática abundante nas cidades.

Negócio muito lucrativo.

A noite a gente se tranca.

Tem medo até de olhar pela janela.

É cadeado, é chave, é corrente.

É grade, é portão, é alarme.

Para nos proteger de bandidos.

Já madrugada cansado.

Os olhos por fim se fecham.

O sono nos toma por inteiro.

Um sonho começa a sonhar.

Mas um imbecil em algum lugar.

Da cidade comemora alguma bobagens.

E fogos de artifícios pipocam.

Com seu barulho infernal.

Rompendo o sono da madrugada.

Fazendo o sonho se perder.

E acordar assustado.

Se tem vontade de dá um grito.

E mandar essa gente se foder!

PEDRO ARUVAI

JOGADOR BRASILEIRO-desenho.VOB

terça-feira, 15 de março de 2011

Voce sabe bem



Você sabe bem
quando o bem nos faz sentido
quando o sentido que tem
está debaixo de seu vestido.

Mais que um bem
me convém dizer-lhe: bem querido
e que tanto me convém
ser um pouco atrevido.

O que faz ir mais alem
quase louco ou pervertido
e falar baixinho ao seu ouvido
faz amor comigo, meu bem.

PEDRO RAUVAI

"capa de meu livro de poesias:

ALMA INQUIETANTE"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estou pensando em ti



la fora o vento soprando
o sereno suave a cair
a noite vai caminhando
no seu passar sem sentir

no peito sinto apertando
a solidão chegou aqui
em sonho vou divagando
estou pensando em ti.


PEDRO ARUVAI

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A confusão dos humanos


Roubaram o silencio da noite
Torturaram a paz da madrugada
Corromperam os orvalhos brancos
Uma névoa cinza paira sobre nós.

Contaminaram a minha agua de beber
Distorceram as minhas palavras
Inventaram uma nova necessidade
Para que me torne dependente.

Pago caro pelo mal que não fiz
Há quem queira me dar conselhos
Me afasto de pessoas hipócritas
Silenciando na confusão dos humanos.

PEDRO ARUVAI

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O tempo todo me aborreço




O tempo todo me aborreço
ruas sujas, pessoas estupidas
sorriso dos hipócritas
na troca de endereço.

Tanto absurdo, mais absurdo
valendo tudo
crescendo no mundo
fazendo seu preço.

Dando meu preço!
Não tendo preço.
Faz meu valor
o que não mereço.

pedro aruvai