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sábado, 16 de abril de 2011

O difícil convívio na cidade


A rua entupida de carros.

Calçada para pedestre passar.

Entupida de coisas do comercio.

Cadeiras e mesas de bares.

Mecânico lixando carros.

Outros soldando lataria.

Pintam e consertam motores.

Oficinas se faz nas calçadas.

Escola de samba ensaia.

No meio da rua a tarde.

Quase todos os dias.

A batucada vai até altas horas!

Pedreiros fazem reformas.

Entulho se joga na calçada.

Lixo aos pés dos postes.

De famílias ricas de bairros nobres.

Calçadas mal conservadas.

Buracos e esgotos escorrendo.

Cachorros perigosos andam soltos.

De dentes afiados e perigosos.

Ligações clandestinas nos postes.

De eletricidade e TV a cabo.

Mendigos dormem sossegados.

Debaixo de marquises velhas.


Anda-se com medo de tudo.

Nas ruas dessas cidades.

De quem nos olha de longe.

De quem nos olha de perto.

Assalto é muito comum.

É prática abundante nas cidades.

Negócio muito lucrativo.

A noite a gente se tranca.

Tem medo até de olhar pela janela.

É cadeado, é chave, é corrente.

É grade, é portão, é alarme.

Para nos proteger de bandidos.

Já madrugada cansado.

Os olhos por fim se fecham.

O sono nos toma por inteiro.

Um sonho começa a sonhar.

Mas um imbecil em algum lugar.

Da cidade comemora alguma bobagens.

E fogos de artifícios pipocam.

Com seu barulho infernal.

Rompendo o sono da madrugada.

Fazendo o sonho se perder.

E acordar assustado.

Se tem vontade de dá um grito.

E mandar essa gente se foder!

PEDRO ARUVAI

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