A rua entupida de carros.
Calçada para pedestre passar.
Entupida de coisas do comercio.
Cadeiras e mesas de bares.
Mecânico lixando carros.
Outros soldando lataria.
Pintam e consertam motores.
Oficinas se faz nas calçadas.
Escola de samba ensaia.
No meio da rua a tarde.
Quase todos os dias.
A batucada vai até altas horas!
Pedreiros fazem reformas.
Entulho se joga na calçada.
Lixo aos pés dos postes.
De famílias ricas de bairros nobres.
Calçadas mal conservadas.
Buracos e esgotos escorrendo.
Cachorros perigosos andam soltos.
De dentes afiados e perigosos.
Ligações clandestinas nos postes.
De eletricidade e TV a cabo.
Mendigos dormem sossegados.
Debaixo de marquises velhas.
Anda-se com medo de tudo.
Nas ruas dessas cidades.
De quem nos olha de longe.
De quem nos olha de perto.
Assalto é muito comum.
É prática abundante nas cidades.
Negócio muito lucrativo.
A noite a gente se tranca.
Tem medo até de olhar pela janela.
É cadeado, é chave, é corrente.
É grade, é portão, é alarme.
Para nos proteger de bandidos.
Já madrugada cansado.
Os olhos por fim se fecham.
O sono nos toma por inteiro.
Um sonho começa a sonhar.
Mas um imbecil em algum lugar.
Da cidade comemora alguma bobagens.
E fogos de artifícios pipocam.
Com seu barulho infernal.
Rompendo o sono da madrugada.
Fazendo o sonho se perder.
E acordar assustado.
Se tem vontade de dá um grito.
E mandar essa gente se foder!
PEDRO ARUVAI
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